2ª Prova da Classic Cup 2013 - João Mexia/Nuno Machado

História de uma derrota anunciada. No seguimento do “contrato” com o nosso “patrocinador” a Secção de Desportos Motorizados da AAC, fica aqui o relato do rali da Sertã realizado este Sábado dia 25. Foi o segundo rali do renovado troféu ClassicCup, mas que para nós começou desde a quinta-feira interior a correr mal. Ao fim de muitas jornadas gloriosas o 911 teve de fazer uma revisão. Infelizmente os prazos falharam e a dois dias do rali vimo-nos confrontados pela falta de carro para disputar o rali. Depois de analisada a situação, restou-nos recorrer ao que à anos tentou ser o nosso carro de reserva, o Porsche 924 Turbo, Vermelho…….. Embora poucos saibam, foi com outro 924 turbo, que nos estreámos em ralis, com um 5º lugar no saudoso rali da Transportugal, organizado brilhantemente pelo também Saudoso José Megre. Na altura disputávamos habitualmente a Transportugal de todo o terreno, pelo que foi esta mudança do José Megre que nos abriu as portas para os ralis de regularidade. Logo aqui senti o desgosto de não ir num carro Negro, e com esta cor vermelha, fiquei logo receoso com a hipótese do rali da Sertã chegar aos descontos……….pelos visto nem foi preciso chegar lá para correr mal. Com todas estas contrariedades, lá equipámos o 924 com os aparelhos disponíveis, pelo que nos apresentamos à partida nas condições possíveis. Antes de passar às peripécias da nossa prova e de um “feliz” 4º Lugar, quero saudar o regresso do João Queirós, nosso velho companheiro de luta desde a referida Transportugal, e que mostrando que quem sabe não esquece, arrancou um 2º lugar, infelizmente num carro pouco histórico. Mas temos que nos ir habituando ao surgimento de carros “menos velhos”… 
Saudar também mais uma vitória da dupla, João Vieira Borges / João Serôdio, demonstrando mais uma vez que são neste momento uma das equipas de referência do panorama dos ralis de regularidade. O piloto muito rápido e um navegador cada vez mais eficiente. Vai ser um osso duro de roer para o resto do troféu. Quanto à nossa prova, ao fim da primeira prova de 3 km, já eu o Nuno, torcíamos o nariz a um possível bom resultado na prova. Nesta pequena rampa de 3 km veio ao de cima o handicap do 924 Turbo, pois a utilização do carro em rotações baixas é muito problemática e logo aqui os futuros vencedores cumpriram a prova a “zeros” e nós penalizamos logo 9 segundos… Mas a prova prosseguiu. Quando decorria a 3ª pec, o “blunik” começou a registar um avanço enorme, levantamos o pé para nos colocarmos no tempo e para surpresa nossa, afinal o aparelho tinha pura e simplesmente parado… Enquanto o Nuno fazia, qualquer coisa, apareceu o João Vieira Borges a ultrapassar-nos, pelo que concluímos que estávamos atrasados…. Acelerámos às cegas até que da mesma forma que se desligou, o “blunik” voltou à vida e já íamos adiantados…. Resultado mais uns segundos de penalização, felizmente nem tantos como esperávamos. Ultima prova da manha, nova asneira. Pouco familiarizados com o carro e com a disposição dos aparelhos, as metodologias do adotamos no Porsche 911 ficaram completamente alteradas, e nesta prova onde a organização montou uma suposta armadilha tivemos um engano. Mais uma vez a sorte esteve do nosso lado pois não existia nenhum controle e não penalizámos. Resultado, chegámos ao fim da primeira secção em 5º lugar mas já a 40 segundos do primeiro. Vem a segunda secção e o calor a apertar. Para nós era um problema acrescido, pois desde a saída de Coimbra que o motor de arranque não funcionava, o que implicava fazer toda a tarde com o carro ligado, o que podia, como veio a acontecer, provocar problemas de aquecimento no Porsche. Até começamos bem, vencendo por boa margem a 8ª pec, que nos colocou a 17 segundo do primeiro, mas foi sol de pouca dura, pois logo voltámos a ficar sem ritmo e a acumular prova a prova, pequenas diferenças para os primeiros. Mas o pior ainda estava para acontecer. Com o avanço da tarde o carro decidiu ir gradualmente aumentado a temperatura. Ao inicio pensávamos que fosse o facto de estar sempre a trabalhar mas já no ponto de partida para a penúltima pec, a situação tornou-se assustadora. Ao contrario do que suponhamos, não era a falta de água que afetava o motor, mas antes uma perda de óleo por um tubo. Felizmente o nosso “adversário” João Vieira Borges disponibilizou-nos prontamente algum óleo o que remediou a situação e nos permitiu terminar a prova, já mais com a preocupação de poupar o carro do que propriamente com o resultado final. O aparelho principal do carro passou a ser o manómetro da temperatura, que começou a ser quem ditava as velocidades para as duas ultimas provas. Apesar de todas estas peripécias, e graças a alguns erros alheios, conseguimos subir até ao 4º lugar, mas fora do podium, situação que não acontecia desde o 4º lugar no Rali de Portugal Histórico, em Outubro. Agora segue-se o “Nosso” rali, o Rainha Santa, onde vamos precisamente tentar voltar às vitórias, de onde nos afastámos em 2012 devido a um cronómetro chinês e aos vencedores desta prova da Sertã, que aqui ganharam o anos passado. Dia 15 de Julho lá estaremos com o regresso do 911, pois o seu “irmão” vermelho não deixou saudades…..

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